A vida anda!

Toda conquista exige estratégia amorosa, tolerância e aguentar umas dores eventuais. Nada de virar mártir... sem exageros. Falo sobre se trabalhar internamente para que o seu relacionamento com aquela pessoa que você realmente ama dê certo.

Casais de luz estão raros neste planeta por conta deste “fast food” de relacionamentos. Ancorar a vibração e energia do amor é de suma importância neste momento crítico da humanidade onde a violência tem levado vantagem. Perceba: é mais fácil aceitar a ideia de que uma pessoa matou o companheiro(a) por algum motivo qualquer do que a ideia de uma pessoa dedicar sua vida em renúncia por um grande amor.

Minha estória de amor começou há 4 anos atrás. É uma longa estória que em breve se tornará um livro, mas hoje quero partilhar um pedacinho dela com você.

Ele, um solteirão-partidão que sempre fugiu do amor. Sua maior fraqueza: medo! Medo de se relacionar. Exemplos de família: relacionamentos mornos, sem fogo, sem ternura e... muito superficiais.

Eu, divorciada e ávida para encontrar aquele verdadeiro amor. Mesmo sendo sensível, espiritualizada e mística, me achava pronta. Sempre fui uma psicóloga nata, facilmente via as deficiências psicológicas do outro e vivia dando conselhos com uma certa impaciência. Bem, o Universo realmente me enviou meu verdadeiro amor, aquele mesmo que eu havia pedido com tanta vontade. Mas quem foi que disse que ele viria prontinho, lindo, dentro de um carro importado e que nada exigiria de mim?

Para chegar até esse verdadeiro amor eu tive que me polir, tive que achar a minha humildade, reverência, conseguir servir sem me sentir uma serviçal, vasculhar dentro de mim para encontrar onde estava a compaixão,  tive que aprender a não julgar – não criticar – e aceitar como ele era.

Por muitas e muitas vezes senti vontade de “fazer a fila andar”, desanimei, desisti. Muitas vezes a situação morreu.... Recorri a todo tipo de livros e terapias para me aguentar – à Bíblia, ao Baghavad Gita, reiki, passes, tarot, meditação... Tudo o que pudesse ajudar eu topava!  Mas sei lá de onde vinha essa fé de que era ELE que eu tinha pedido ao Universo ... então... não importa o que acontecesse, eu voltava à arena e recomeçava. Foi assim por 4 anos...

Nas cartas de tarot existe um arcano que se chama  “A Força”. Este arcano representa maravilhosamente bem todo este processo pelo qual eu passei. A moça da figura doma o Leão com doçura e sem machucá-lo mas para conseguir esse feito ela teve que aprender a fazer isso. No alto da cabeça dela ela carrega não uma auréola, mas o símbolo do infinito. Significativo, não? Quem doma Leões consegue receber o afeto e confiança de um felino mas tem que ter aprendido a se ajoelhar diante do rei das selvas sem se sentir humilhada. É uma troca linda, madura e de aceitação mútua, de cumplicidade.

Você pode interpretar esse “leão” como sendo o verdadeiro amor. E foi o que aconteceu comigo.

Após anos de polimento interno, eu aprendi a domar o meu Leão porque eu realmente o amava. Corrigi em mim o que me fazia ficar afastada dele – puro Ho’oponopono (oração de cura havaiana poderosa).

Consegui fazer com que ele visse e percebesse que eu não sou a caçadora da sua liberdade e sim a pessoa que trouxe a chave para abrir sua jaula interna. Eu desfruto de todo o tesouro que estava escondido dentro dele e que nenhuma outra mulher teve paciência para escavar.

A persistência acompanhada da compaixão e do amor traz um resultado impressionante. Qualquer ogro pode se tornar um príncipe.  Se ele está na sua vida, é para você!

Flor dedicada ao texto: Flor de Lótus, simboliza Pureza Espiritual.